terça-feira, 12 de maio de 2015

FLAPEL Bate Papo com Romário

Romário: O Gênio da Grande Área

Romário conversou com a FLAPEL durante o clássico com o Vasco da Gama no Maracanã no dia 22 de Março de 2015. quando também teve o prazer de conduzir dezenas de crianças com síndrome de Down ao gramado, comemorando o Dia de Conscientização para a Síndrome.


Filho de Edevair de Souza Faria e Manuela Ladislau Faria, Romário morou na comunidade do Jacarezinho até os três anos de idade, quando mudou-se para a Vila da Penha. Lá jogou no time de futebol do Estrelinha, fundado por seu pai, o que era uma maneira de incentivá-lo à prática dos esportes. “É no asfalto e nas quadras de futebol de salão que aprende a jogar”, lembra o craque.
Com pouco tempo já era destaque entre os garotos, e já jogava entre os mais velhos.
Em 1979, um olheiro o levou para fazer testes no infantil do Olaria. Destaque entre os jogadores da equipe, foi levado depois ao Vasco da Gama, mas foi obrigado a fazer um "estágio" de um ano, pois o jogador não tinha condições legais de ingressar no clube por causa de sua tenra idade.
Além de autografar o manto da FLAPEL, o craque falou da importância das peladas na formação dos atletas.

FLAPEL: Quando e como você começou a bater bola na rua?

Romário: Isso eu nem lembro. Minha mãe conta que eu já chutava bola dentro de casa antes de andar (risos).  Mas lembro bem das peladas na rua na Vila da Penha. Jogava o dia todo nos terrenos baldios, ruas de terra e no asfalto. Descalço, perdi muito o ‘tampão do dedão” dando chutes na bola. Sempre fui artilheiro. Eu não sossegava se não fizesse mais gols de geral na rua.

Sempre fui veloz e era ruim de me pegar. Mesmo menor que muitos dos outros caras, eu era difícil de segurar. Acho que aprendi a escapar de muita falta assim. E meu pai sempre me dizia que o mais importante era a jogada. Que jogador de verdade deve evitar cair. Segui este conselho a vida toda.

Joguei na rua até começar a treinar de verdade no Vasco quando não dava mais. Eu chegava em casa exausto dos treinos e dormia direto. Mas na folgas eu ia correndo para as quadras da área jogar.

FLAPEL: Romário, qual a importância da pelada na formação de um jogador de futebol?

Toda. E na rua que o craque nasce. Nos clube ele aprende a jogar nas regras. É na rua e nos terrenos de terra que se aprende a dominar uma bola rápido, em situações diferentes de chão. O pensamento de como escapar da falta, como chutar melhor, como passar rápido e tabelar em espaço pequeno. Jogar com chinelo ou lata marcando o gol ensina a meter a bola em espaços pequenos. Joguei com grandes craques a vida toda e quase todos no Brasil foram peladeiros. E ainda são.

FLAPEL: Qual o recado que você deixa para os peladeiros da FLAPEL? 

Não parem jamais! O negócio é se manter em movimento até quando o corpo não aguentar mais e quando não der mais, a parada é ficar na beira do campo comentando ou dando umas instruções a molecada. Amigos peladeiros são para a vida toda.  O cara até muda de mulher e família mas não muda de pelada. (Risos)


FLAMENGO
No início de 1995 o Flamengo contrata o jogador, em uma inusitada jogada de marketing, após cerca de três a quatro meses de negociações com o Barcelona, facilitadas com a colaboração do próprio Romário. O negócio foi feito graças a uma mobilização de empresas desejosas em ter, em contrapartida, a imagem do craque. Romário foi o 1º jogador jogando fora da Europa (e o único até hoje, já que no anúncio da FIFA, na época feito no dia 30 de janeiro de 1995 em Lisboa, ele já estava oficialmente contratado pelo Flamengo, onde já tinha inclusive estreado ([1], [2])) a ser eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1994, devido ao seu papel decisivo no tetracampeonato mundial brasileiro: para isso, Brahma, Banco Real, Rede Bandeirantes e Multiplan forneceram os recursos para a contratação do Baixinho.17 Como grande contratação do ano em que o Flamengo festejava seu centenário, Romário chegou festejado pelos flamenguistas, fazendo desfile, em carreata, para 1 milhão de pessoas [3], a despeito de desqualificar Zico: "Eu ganhei uma Copa, ele não".8 .8 20 Ofusca a chegada de outro tetracampeão, curiosamente também consagrado em um rival, o Fluminense: Branco.
Romário começou bem, conseguindo o título da Taça Guanabara de 1995 marcando três vezes na final contra o Botafogo. O título estadual, todavia, ficaria com o time de melhor campanha em um octagonal final. Na véspera da partida decisiva, contra o Fluminense, Romário desentende-se com o técnico Vanderlei Luxemburgo.9 Chega a marcar na partida mas não termina o campeonato com a artilharia, que seria de Túlio Maravilha, do Botafogo, e o título fica com o Fluminense, em uma das partidas mais lembradas do clássico: com a vantagem do empate, o Flamengo chegou a alcançar a igualdade após estar perdendo por 0 x 2, mas o Tricolor consegue a vitória no final, no famoso gol de barriga de Renato Gaúcho (que assim fica também com o título simbólico de Rei do Rio).
Para o Campeonato Brasileiro de 1995, a diretoria flamenguista tenta superar a decepção, contratando Edmundo para formar com Romário e Sávio o "melhor ataque do mundo". Além do Animal, credenciado com uma passagem vitoriosa pelo Palmeiras e ex-ídolo também do rival Vasco, chegam ainda Ronaldão (outro tetracampeão), Djair e Luís Carlos Winck.17 A amizade com Edmundo, que resulta até em um rap de ambos, apresentado na chegada do reforço,21 porém, não resulta em gols suficientes para levar o Flamengo às fases decisivas do Brasileirão - para piorar, vencido pelo rival Botafogo. Paralelamente, a equipe vinha bem na Supercopa Libertadores 1995, chegando à final contra o Independiente. Após perder por 0 a 2 na Argentina, o Flamengo venceu, com um gol de Romário, na volta, mas por apenas 1 a 0, perdendo a última oportunidade de conseguir uma taça no centenário.
No ano de 1996, fica em 4º lugar na eleição de Melhor do Mundo da FIFA pelo seu desempenho em 1995, um grande feito para um jogador que atuou a temporada inteira no Brasil, ano em que o Flamengo conquista o Campeonato Carioca de forma invicta. Romário, mais uma vez, é artilheiro do estadual. O Flamengo conquista também a Copa Ouro Sul-Americana. Romário não fica para o Campeonato Brasileiro de 1996: ele se envolve em uma transação mal sucedida, que trouxe de volta o atacante Bebeto, e o Baixinho acaba emprestado ao Valencia. Naquele ano, o rubro-negro termina em 14º lugar no Campeonato Brasileiro. Romário pouco dura no Valencia, onde desentende-se com o técnico Luis Aragonés e vê-se isolado no elenco, que apoia o treinador.22 Apesar do interesse de Vasco, São Paulo e até do Boca Juniors, onde atuaria com Diego Maradona e Claudio Caniggia, o jogador programou, ainda antes do fim do ano, sua volta ao Flamengo, após lesionar-se no final de setembro.22
Em 1997, vai com o Flamengo a duas decisões, mas ambas são perdidas em empates por 2 a 2: o Torneio Rio-São Paulo, contra o Santos, e a Copa do Brasil, contra o Grêmio, em que ele chega a marcar. Resta-lhe apenas sua terceira artilharia seguida no Cariocão. Tornou-se também o segundo jogador a marcar gols contra os 4 grandes paulistas no mesmo ano.23 Joga apenas quatro partidas no Campeonato Brasileiro de 1997, marcando seus três gols em um único jogo, em um 4 a 1 contra o Goiás. Ele retorna para um novo curto período no Valencia e, sem ele, o Flamengo até consegue chegar às fases finais do Brasileirão, mas é eliminado para o Vasco - futuro campeão.
No Valencia, ele tem novas frustrações: Jorge Valdano, que pedira pela sua volta,24 demonstra tolerar o comportamento boêmio do atacante, declarando posteriormente que, de fato, o contrato do astro previa em uma cláusula essa liberdade para o Baixinho.24 Porém, pouco antes da temporada começar, Romário machuca-se. Valdano cai logo após a terceira rodada 24 e quando Romário recuperou-se, desentendeu-se com o novo treinador, Claudio Ranieri.25 Romário acaba deixado na reserva de Marcelinho Carioca 9 e logo acerta novo retorno ao Flamengo, para o início de 1998.
O ano não se mostra muito melhor: o Estadual, onde é pela quarta vez consecutiva o artilheiro, fica com o Vasco e, no Brasileirão, o time não encontra um padrão de jogo e fica de fora das fases finais. Mais do que isso, Romário acaba cortado da Copa do Mundo de 1998. Em 1999, o título estadual é, sobre o favorito Vasco de Edmundo, reconquistado, e Romário emenda sua quinta artilharia seguida no torneio. Ele se destaca também no Torneio Rio-São Paulo, mesmo com o time não chegando às fases finais: ao driblar Amaral com um elástico e completar a jogada com um gol sem ângulo, ele é aplaudido pela torcida adversária, em um 3 a 0 sobre o Corinthians em pleno Pacaembu.15
No Brasileirão, o Flamengo chega a fazer uma boa campanha, mas perde uma série de jogos na reta final e fica novamente eliminado das fases finais.26 A maior decepção fica na Copa do Brasil: o time vencia o Palmeiras no Parque Antártica por 2 a 1 até os últimos dez minutos da partida, quando os alviverdes marcaram justamente os três gols que necessitavam para classificarem-se.
O maior alento rubronegro em 1999 é a Copa Mercosul. O time vai avançando, com Romário obtendo nova artilharia. Porém, antes da segunda partida da semifinal 27 - contra o Peñarol, em Montevidéu -, Romário e outros jogadores do Flamengo festejam em uma boate de Caxias do Sul horas depois de derrota para o Juventude, válida pelo Brasileiro. A despeito de ter marcado o gol do Flamengo no jogo (1 a 3),12 apenas o Baixinho acaba punido, tendo seu contrato rescindido por decisão do presidente Edmundo dos Santos Silva.9 Sem ele, o Flamengo consegue ser campeão da Mercosul.
Sem clube, Romário acerta seu retorno ao Vasco da Gama, depois de onze anos. Deixou o Flamengo como terceiro maior artilheiro do clube, com 204 gols,12atrás apenas de Dida e do desafeto Zico. Tendo marcado 46 gols naquele ano, recebe a primeira Chuteira de Ouro da Revista Placar.

SRN

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